É impossível falar de filmes de terror
sem mencionar vampiros. Eles são envolventes, apaixonantes, tenebrosos,
monstros e humanos. Apesar de não possuir alma, todos os que são apresentados
na literatura ou nas telas do cinema têm sentimentos, nem que seja luxúria,
dotados de um fator humano que nem a maldição mitológica vampiresca foi capaz
de tirar.

Foi então que Bram Stoker, em 1897,
publicou uma obra bastante realista. Utilizando cartas, documentos, registros
de bordo, o autor acabou construindo uma espécie de documentário sobre o conde
excêntrico que vivia em um castelo na Transilvânia.
Drácula tinha virado vampiro após
renegar a Deus e a igreja quando viu sua amada Elisabeta morta. A moça cometeu
suicídio quando ouviu boatos de que ele havia morrido na guerra; portanto,
segundo a religião católica, ela estaria condenada ao inferno. Inconformado com
isto, Drácula amaldiçoou Deus e, por consequência, foi condenado a viver
eternamente como um parasita, tendo que se alimentar de sangue humano para
sobreviver.
Na trama de Bram Stoker, o vampiro,
séculos depois, acaba sentindo a presença de Mirna, reencarnação da sua amada e,
numa tentativa de encontrá-la, usa como desculpa a compra terras na Inglaterra.
Dessa forma, conseguiu se aproximar do namorado da moça (Jonathan Harker), o
qual era o que hoje chamamos de corretor de imóveis, para conseguir informações
sobre Mirna.
Daí em diante, são sequencias de mortes,
muito sangue, horror, até o monstro-humano se aproximar de Mirna e manipulá-la
de tal forma que o que era amor, torna-se uma obcessão. É nesse momento que eu
fico morrendo de vontade de contar o final, mas espero que leiam o livro para
saber como termina.
Pioneiro
nas telonas

O primeiro é o filme mudo do alemão F.
W. Murnau, Nosfetatu (Nosferatu, EineSymphonie des Grauens) de 1922. Trata-se
da primeira adaptação do livro de Bram Stoker, entretanto não possui os nomes
dos personagens originais por problemas com direitos autorais. Tanto que até o
nome do personagem principal foi alterado. A figura do monstro Nosferatu foi
muito bem feita e é bastante amedrontadora.
Além de ser a primeira tentativa de
reprodução visual do livro, a película é considerada a primeira do gênero
terror no cinema. O enredo é a história do conde Orlock (Max Schreck) que se apaixona por Ellen
(Greta Schröder) e causa o medo na cidade em que sua amada vive. Para quem nunca viu um
filme mudo, pode parecer um pouco tedioso, mas garanto que o intuito da
película se mantém.
O
grotesco do estúdio Hammer

Mas não é só com efeitos que se faz um
bom longa. A adaptação do roteirista Jimmy Sangster, que fugiu um pouco do
texto original, não deixou a desejar. Nesse filme alguns personagens mudam de
nome e de função, mas a essência do Drácula não se perde. E o ator Christopher
Lee conseguiu se eternizar pela maravilhosa atuação como príncipe das trevas.
Nessa história, Drácula sai da Transilvânia,
para ir a Londres em busca de novas vítimas. Como mantinha hábitos noturnos,
chamou à atenção do Dr. Van Helsing (interpretado por Peter Cushing), que se
tornou o grande inimigo do vampiro.
A
adaptação mais fiel

Com uma fotografia rebuscada, cenas surreais,
jogos entre as passagens de quadros e efeitos especiais, que as outras
adaptações não possuíam devido à falta de tecnologia, o filme conseguiu conquistar
um enorme público. Foi o ganhador do Oscar de 1993 nas categorias Melhores
Efeitos Sonoros, Melhor Figurino e Melhor Maquiagem.
A dupla Winona Ryder (que interpretou Mina
Murray/Elisabeta) e Gary Oldman (o próprio conde Drácula) deram um show de
interpretação como o casal mais amaldiçoado e mais bonito dos filmes de terror.
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