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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Nas entranhas do terror

Não adianta negar: seja pelo medo, seja pelo prazer, as histórias macabras exercem um domínio oculto sobre a mente humana. Quando amplificado em livros, filmes, quadrinhos, o terror consegue embutir em seus espectadores/leitores um misto de repulsa e curiosidade, capaz até de marcar permanentemente a memórias.

A cada dia e em cada esquina, é comum ver blockbusters e best-sellers que espirram sangue, violência e dor apenas para seduzir pelo choque. Mas, quando utilizado de forma inteligente, o horror pode ser um portal da alma humana, que transporta para reflexões profundas como a angústia e as demais mazelas da vida em sociedade.

Confira nossa reportagem especial sobre o tema e descubra alguns dos motivos pelos quais essas histórias conseguem prender tanto a atenção.


Algumas obras de Stephen – Parte 1


Da mesma forma que é impossível pensar em vida sem água, é quase infundada a hipótese de pensar em livros de terror sem lembrar-se de Stephen King. Um ícone da literatura do século XX, Stephen se tornou um Best-seller, vendendo mais de 350 milhões de cópias de livros, que unem, em sua maioria, terror e fantasia, ficção-científica. E muitos desses livros inspiraram competentes diretores, que tornaram visuais as tramas, lotando as salas de cinema de todo o mundo.

O primeiro romance, publicado em 1974, foi Carie. Ele conta a história de uma moça bastante pacata e religiosa que, de repente, nota que possui poderes paranormais de telecinese. Como era bastante diferente das adolescentes da sua idade, Carie sofria muito com o bullying. Agora imagine você no lugar dela: todos te detestam, te fazem mal e de repente você percebe que pode mover objetos com o poder da mente. Nesta hora, o Ed diz para mim: “Tamara, por favor, não conta o final do livro”.

Então eu vou contar algumas curiosidades que achei na internet. Primeiro, o livro quase que vai parar em um lixão. Stephen detestou o resultado do seu árduo processo de escrita. Porém, para salvar a pátria, eis que a esposa dele resgata os manuscritos da lixeira e insiste para que King tente publicar. 

E outra: além de adaptações para o cinema e para a televisão, o texto original  foi mote para um musica da Broadway em 1988.

Dois anos após o sucesso do livro, especificamente em 1976, o romance teve adaptação para o cinema, contanto com a atuação do galã do momento, John Travolta, e direção de Brian De Palma.

O filme foi bem bacana num todo. Deu para sentir bem a atmosfera do colégio americano, deu para sentir a pureza da jovem que era extremamente religiosa devido à criação católica fervorosa que sua mãe lhe deu. Mas a atuação de Sissy Spacek não ficou a altura da personagem. Achei até patética a cena que deveria ser a mais impactante.

Então eis que surge um remake. Carie, a estranha, dirigido por Kimberly Peirce (a mesma de Meninos não choram), vai estrear, ao que tudo indica, em março de 2013, tendo como protagonista Chloe Morez. 

A jovem atriz que já tem experiência em filmes de terror, uma vez que protagonizou Deixe-me Entrar, uma versão americana (e ruim) da produção sueca Låt den rätte komma in (Deixa Ela Entrar). Espero que ela se saia bem e que não decepcione.

O cinema como um acréscimo à literatura


Jack Nicholson no papel de Torrance
Outro livro maravilhoso que se tornou um dos filmes mais marcantes da minha vida foi O iluminado. Três anos após a publicação impressa, Stanley Kubrick usou todo o seu brilhantismo como diretor para dar vida ao mais angustiante e bem feito filme de terror dos anos 80. 

Sem deixar tudo bem claro ao espectador, jogando com as hipóteses que surgiam ao longo da trama, Stanley apenas fez uma adaptação que apesar de não ser fiel ao texto original, conquistou um público imenso, sendo considerado o segundo melhor longa de sua carreira, e agradou o próprio Stephen King.

A história se passa em um hotel, o qual no inverno não recebe nenhum hóspede. É nesse momento que Jack Torrance é convidado para, juntamente com sua mulher e filho, tomar conta do espaço. Daí em diante, uma série de psicoses que não deixam certo se os caseiros do local estão ficando loucos ou se o local é amaldiçoado.

Jack Nicholson fez uma brilhante atuação e, até hoje, seu sorriso me causa certo desconforto. A iluminação e a fotografia mantém o espectador preso junto com aquela família, sem saber como fugir daquele ambiente que aparentemente é tranquilo, porém nos afoga num mar de desespero.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

No cinema com o Horror – Volume I

Pode até não ser algo natural da nossa Terra da Luz, mas é incontestável que, no mês de outubro, paira no ar uma estranha névoa de Halloween. Acreditando ou não no sobrenatural, somos constantemente assombrados pelo calendário, que insiste em nos apontar a data final. No dia 31, quer seja no imaginário, quer seja na vida real, as bruxas estarão soltas a nos perseguir.

Para "comemorar" essa aura macabra de outubro, preparamos algumas dicas de filmes sobre um dos temas que mais desperta a curiosidade e o interesse do ser humano: o horror. Mas que tal deixarmos de lado as mutilações à la Jogos Mortais e conhecermos um lado mais psicológico do terror? Abaixo, um dos primeiros exemplares de filmes que arrepiam a espinha até hoje, sem fazer uso exagerado da violência. Aproveite.

Psicose - 1960

Obra prima do diretor Alfred Hitchcock. Expoente máximo do gênero suspense/terror. E ainda: um dos filmes mais icônicos do cinema. Prepare-se, esses são alguns dos comentários mais modestos que ouvirá a respeito do aclamado Psicose. Sem qualquer contra-argumento, realmente é um grande clássico, com toda sua perenidade e subversão. Mas, à margem de qualquer aura de endeusamento, uma coisa é certa: a cada minuto que passa desde a abertura, é possível sentir dentro de si uma bolha de agonia crescente, que explode em puro medo quando a célebre cena do chuveiro surge na tela.

À primeira vista, Psicose pode até desestimular parte dos espectadores que o veem com os olhos da contemporaneidade. Afinal, é uma película em p&b que foge do modelo dos filmões atuais, em que as cores púrpuras, a ação frenética e os sustos programados são pré-requisitos dominantes. Indo na direção contrária dessa pasteurização, Psicose é uma excruciante surpresa para os amantes do gênero. Mesmo passados 52 anos, não há como não se assustar com a desventura de Marion no emblemático motel de Norman Bates.

Na tela

O diretor Alfred Hicthcock, "Mestre do Terror"
Já de início, é prenunciado um clima impregnado de crime e temor. Um dia, a secretária Marion Crane (Janet Leigh) aproveita o fim de semana já próximo e rouba 40 mil dólares da imobiliária onde trabalha para financiar seu casamento. Durante a fuga, decide descansar na pousada de Norman Bates (Anthony Perkins), homem que vive no lugar apenas na companhia materna. Sentindo-se protegida, Marion nem desconfia que a morte ainda lhe visitará  no banho daquela noite. A partir daí, desenrola-se um mistério do tipo whodunit (“quem matou?”), caminhando para um final inimaginável. 

Deixando para trás o lado tiete, o longa é uma deliciosa experiência cinematográfica, repleto de ousadias. Se o público é previamente acostumado a acompanhar a saga da mocinha e torcer pela sua felicidade, fica embasbacado 
aos 40 minutos com sua brutal morte por uma faca ensandecida. Além disso, é obrigado a embarcar na completa transformação de foco da história, quando a dupla formada pelos Bates ganha papel central. Aos poucos, o espectador mergulha na conflituosa relação familiar de Norman com sua controladora mãe, enquanto a tensão no ar se solidifica cada vez mais

Anthony Perkins no papel de Norman Bates
Para além da magistral direção de Hitchcock, as atuações são um dos fortes que sustentam a grandiosidade do filme. Janet Leigh dá uma incrível vulnerabilidade e ingenuidade a uma secretária de caráter duvidoso. Na morte, atinge o ápice da emoção, transfigurando seu rosto molhado em uma carranca de fatal horror. 

A cargo de Perkins fica a missão de dar vida ao complexo personagem de Norman. Ao mesmo tempo em que transparece o ser frágil dominado pela parte materna, o ator incute no personagem algo de terrivelmente misterioso que instiga a plateia até o fim. 

Mas, inegavelmente, um dos maiores trunfos do sucesso horripilante da obra está na música do compositor Bernard Herrmann. Só com Hitchcock, o americano trabalhou em nove filmes, incluindo Um corpo que cai (1958) e Os pássaros (1963). Cidadão Kane (1941) e Taxi Driver (1976) foram algumas das outras obras para as quais compôs. Mesmo assim, foi com a trilha sonora de Psciose que conseguiu marcar à ferro incandescente o imaginário popular. Com violinos rasgantes, cruéis e agonizantes, Herrmann traduziu o desespero da morte e se fez inesquecível na mente daqueles que nem mesmo ouviram falar de seu trabalho. Confira no trailer abaixo:




Nos bastidores
Hicthcock e Perkins nos sets de gravação
Quem vê Psicose nos tempos de hoje mal sabe que se deriva de um romance de Robert Bloch, engrandecido pela adaptação do roteirista Josef Stefano. Conta-se que na época Hitchcock ficou fascinado pelo enredo. Assim que comprou a obra pela bagatela de 9.000 dólares, retirou de circulação todos os exemplares do livro, a fim de manter o segredo sobre o desfecho da história. 

Com um orçamento baixíssimo de 800.000 dólares e usando o elenco do programa que o diretor mantinha na TV, o filme arrecadou 40 milhões de dólares nas bilheterias. Mais econômico ainda, foi gravado em preto e branco em uma época em que o cinema colorido já existia há décadas. O motivo? Porque o Hitchcock achou que a película poderia ficar muito sangrenta se rodada a cores. 


No chuveiro 

Porém, se, por um lado, Hitch fugiu do choque pela violência, por outro, ele não economizou na ousadia em diversos cenas, principalmente na tomada do chuveiro. Pela primeira vez, foi exibido nas telonas um vaso sanitário, algo impensável em tempos passados de rígidos códigos morais. Além disso, se já no cartaz e ao longo do filme Janet Leigh aparecia apenas de roupas íntimas, na morte de Marion foi usada uma dublê nua para dar maior realismo ao fato. Realismo que Hitchcock conseguiu construir em apenas 30 segundos. 

Bastaram 36 tomadas alternadas freneticamente para dar a impressão de que se desenrolava aos nossos olhos um verdadeiro banho em sangue, sem que em nenhum momento fosse necessário a lâmina tocar de fato a pele da atriz. Sangue este que não passava de calda de chocolate, enquanto que o som das “facadas” se originava de punhaladas desferidas em melões. Tudo aparentemente verossímil,  graças ao incrível poder ilusório das mãos do Mestre do Terror.

Nas sequências


Como todo sucesso, Psicose foi explorado repetidamente em outras franquias: Psicose 2 (1983), Psicose 3 (1986) e Psicose 4 - A Revelação (1990), nenhum ao comando de Alfred Hitchcock (e sem o mesmo sucesso). Além disso, um polêmico remake foi feito em 1998 por Gus Van Sant, sem obter a força do primeiro.



Para novembro deste ano, está previsto a estreia de Hitchcock,filme baseado no livro Alfred Hitchcock and the Making of Psycho, de Stephen Rebello, em que é mostrado os bastidores da gravação de Psicose. Só pelo trailer, qualquer um já se apaixona pela atuação de Scarlett Johansson e Anthony Hopkins como Janet Leigh e Alfred Hitchcock. Caia também de amores assistindo ao trailer abaixo:




domingo, 21 de outubro de 2012

Jonh Carpenter: um dos mestres do horror



Eu sou fã de filmes de terror desde a minha adolescência. Num primeiro momento, esse estilo me atraiu pela morbidez e pelo momento gótico que vivia. Depois, com as películas mais psicológicas, eu passei a gostar das epifanias criadas pelos autores, nas quais o “mocinho” era o próprio vilão da trama.

Foram inúmeras as fases e os estilos de terror que me apeteciam, que vão desde o susto barato, passando pelos grotesco, o trash, o vampirismo e muitos outros estilos. E em uma delas esteve presente o diretor John Carpenter.

John é um estadunidense que se formou em Cinema na Universidade de Western Kentucky e depois na Escola de Cinema USC, ambas em Los Angeles. A primeira premiação surgiu em 1970 com um curta chamado The Resurrection of Broncho Billy, o qual não possuía a temática fúnebre.

Depois disso, Carpenter conseguiu se consagrar com vários filmes do gênero terror, tendo como marco o longa Halloween – A Noite do Terror (Halloween) de 1978. Nesse thriller, um psicopata que foge da prisão e na noite do dia das bruxas, persegue e mata as pessoas que residiam nas proximidades da antiga casa dele.

Outro filme bastante interessante desse diretor é O Enigma do Outro Mundo (The Thing) de 1982. Quem gosta bastante dessa trama é George Pedrosa, nosso colega do Curso de Comunicação. Fomos até a Gibiteca da Biblioteca Pública Dolor Barreira para um bate papo, no qual ele apontou este como um dos seus filmes favoritos.



Além do  Kurt Russell ser “o cara” no longa, o filme é bom porque o vilão é um alienígena que possui o poder da metamorfose, se transformando em pessoas e confundindo as mentes das personagens. Assim, além da ficção científica, há um psicologismo pungente na obra, tornando-se uma paranoia. Na época que foi lançando, foi considerado um fracasso por não ter alcançado a bilheteria de Halloween, porém atualmente é considerado Cult e muito bem quisto. 


A década de 1980

Em 1981, Carpenter lançou um dos melhores longas de sua carreira. A Bruma Assassina (The Fog) é um filme bastante culto que possui trilha sonora criada pelo próprio diretor. Um navio afunda durante um forte nevoeiro e, cem anos depois, os espíritos dos tripulantes voltam para se vingar das pessoas que residiam nas proximidades da cidade. Eu tenho verdadeiro fascínio por terror com fantasmas/espíritos, já que dificilmente há como escapar deles.


John Carpenter parece que também gosta desse tipo de vilão, não é a toa que resolveu dar vida a Christine - O Carro Assassino (Christine) do escritor Stephen King. Em 1983 o cineasta lançou o longa que contava a de um carro possuído por uma alma feminina a qual mantinha seus donos aprisionados e capazes de cometer loucuras por ela.






Outras produções

E se você pensa que Carpenter se isentaria de fazer um filme com vampiros, você pode ter certeza do equívoco. Em 1998, eis que surge Vampiros de John Carpenter (Vampires), um western-terror que se passa no México. Um caça vampiro está na cola de um grande “chupador de sangue”, o qual resistiu às intempéries desde o século XIV.

O mais recente filme foi Aterrorizada (The Ward) de 2011. Um filme chocante, com muitos Zombies e fantasmas, os quais os espectadores não sabem se são reais ou não. Ou seja, os anos passam, mas Carpenter não perde sua marca: um misto de fantasia e terror psicológico.

A eternidade de Drácula



É impossível falar de filmes de terror sem mencionar vampiros. Eles são envolventes, apaixonantes, tenebrosos, monstros e humanos. Apesar de não possuir alma, todos os que são apresentados na literatura ou nas telas do cinema têm sentimentos, nem que seja luxúria, dotados de um fator humano que nem a maldição mitológica vampiresca foi capaz de tirar.

E da mesma forma que é impossível falar de terror sem mencionar os “chupadores de sangue”, é um verdadeiro atentado não mencionar Drácula. Não se sabe ao certo como começou esse mito de que existiam homens eternos, cuja fonte de energia era o sangue. Em várias partes do mundo, já eram descritos seres semelhantes, entretanto os mais “famosos” eram os da Europa ocidental no início do século XIX.

Foi então que Bram Stoker, em 1897, publicou uma obra bastante realista. Utilizando cartas, documentos, registros de bordo, o autor acabou construindo uma espécie de documentário sobre o conde excêntrico que vivia em um castelo na Transilvânia.

Drácula tinha virado vampiro após renegar a Deus e a igreja quando viu sua amada Elisabeta morta. A moça cometeu suicídio quando ouviu boatos de que ele havia morrido na guerra; portanto, segundo a religião católica, ela estaria condenada ao inferno. Inconformado com isto, Drácula amaldiçoou Deus e, por consequência, foi condenado a viver eternamente como um parasita, tendo que se alimentar de sangue humano para sobreviver.

Na trama de Bram Stoker, o vampiro, séculos depois, acaba sentindo a presença de Mirna, reencarnação da sua amada e, numa tentativa de encontrá-la, usa como desculpa a compra terras na Inglaterra. Dessa forma, conseguiu se aproximar do namorado da moça (Jonathan Harker), o qual era o que hoje chamamos de corretor de imóveis, para conseguir informações sobre Mirna.

Daí em diante, são sequencias de mortes, muito sangue, horror, até o monstro-humano se aproximar de Mirna e manipulá-la de tal forma que o que era amor, torna-se uma obcessão. É nesse momento que eu fico morrendo de vontade de contar o final, mas espero que leiam o livro para saber como termina.

Pioneiro nas telonas

Mas o vampiro não se contentou em ficar no papel e foi para as telas do cinema sob o olhar de vários competentes (e incompetentes) diretores. Aqui vocês só encontraram boas dicas de filmes com Drácula. Boas e clássicas.

O primeiro é o filme mudo do alemão F. W. Murnau, Nosfetatu (Nosferatu, EineSymphonie des Grauens) de 1922. Trata-se da primeira adaptação do livro de Bram Stoker, entretanto não possui os nomes dos personagens originais por problemas com direitos autorais. Tanto que até o nome do personagem principal foi alterado. A figura do monstro Nosferatu foi muito bem feita e é bastante amedrontadora.

Além de ser a primeira tentativa de reprodução visual do livro, a película é considerada a primeira do gênero terror no cinema. O enredo é a história do conde  Orlock (Max Schreck) que se apaixona por Ellen (Greta Schröder) e causa o medo na cidade em que sua amada vive. Para quem nunca viu um filme mudo, pode parecer um pouco tedioso, mas garanto que o intuito da película se mantém.

O grotesco do estúdio Hammer

O próximo que tenta retratar o ser das trevas é O Vampiro da Noite (Dracula) de 1958. Dirigido por Terence Fisher e produzido pelo estúdio inglês Hammer Film Productions (conhecido pelos filmes com monstros clássicos - Drácula, Frankenstein e múmias), este foi o primeiro filme de uma série que ficou bastante famosa por utilizar recursos bastante grotescos para causar medo nos espectadores.

Mas não é só com efeitos que se faz um bom longa. A adaptação do roteirista Jimmy Sangster, que fugiu um pouco do texto original, não deixou a desejar. Nesse filme alguns personagens mudam de nome e de função, mas a essência do Drácula não se perde. E o ator Christopher Lee conseguiu se eternizar pela maravilhosa atuação como príncipe das trevas.

Nessa história, Drácula sai da Transilvânia, para ir a Londres em busca de novas vítimas. Como mantinha hábitos noturnos, chamou à atenção do Dr. Van Helsing (interpretado por Peter Cushing), que se tornou o grande inimigo do vampiro.

A adaptação mais fiel

Drácula de Bram Stoker (Bram Stokers Dracula) de 1992, dirigido pelo renomado cineasta Francis Ford Coppola (que também dirigiu clássicos como a franquia O poderoso Chefão e Apocalipse Now), foi o que mais se aproximou do livro, tendo até o jogo epistolar em algumas narrações ao longo da película.

Com uma fotografia rebuscada, cenas surreais, jogos entre as passagens de quadros e efeitos especiais, que as outras adaptações não possuíam devido à falta de tecnologia, o filme conseguiu conquistar um enorme público. Foi o ganhador do Oscar de 1993 nas categorias Melhores Efeitos Sonoros, Melhor Figurino e Melhor Maquiagem.

A dupla Winona Ryder (que interpretou Mina Murray/Elisabeta) e Gary Oldman (o próprio conde Drácula) deram um show de interpretação como o casal mais amaldiçoado e mais bonito dos filmes de terror.